Santos define área para erguer arena para 50 mil torcedores

segunda-feira, 4 de julho de 2011
O futuro estádio do Santos será construído em Cubatão. Ficará na antiga Ilha de Nhapium, uma área a pouco mais de 200 metros da placa indicativa de curva na ponte estaiada Mario Covas, na margem direita da pista descendente da Rodovia dos Imigrantes.

O segredo guardado pela diretoria do time de futebol começou a ser desvendado ontem na Prefeitura de Cubatão, onde o presidente do Santos, Luis Alvaro Ribeiro, manteve reunião a portas fechadas com a prefeita Marcia Rosa. Ao final de um encontro de hora e meia, Luis Alvaro anunciou oficialmente que o Santos buscava entendimentos com o governo municipal para instalar na cidade um centro de treinamento para a formação de jovens atletas.

Não confirmou que o novo estádio do Santos, com capacidade para mais de 45 mil pessoas, será erguido em Cubatão. Mas deixou a resposta no ar. "O estádio é outra coisa, depende de estudos que estão sendo realizados, mas a gente pretende definir ainda na nossa gestão.Será na Baixada Santista. Não temos a localização exata, embora Cubatão reúna todas as condições e tenha áreas para receber essa arena", disse ele.

Mas, pela reação de entusiasmo, tanto da prefeita Márcia Rosa quanto de vários Secretários - alguns torcedores do Santos- é dado como certo que o novo estádio será na cidade, exatamente na antiga Ilha de Nhapium. E, segundo A Tribuna apurou, dependeria apenas do sucesso de negociações já em andamento com o Grupo Peralta, dono de uma gleba com 1 milhão e 200 mil m² nessa antiga ilha.

Luis Alvaro anunciou domingo, em A Tribuna, que existem outras opções que não são, necessariamente, na Baixada Santista. "Essa hipótese na região de Cubatão é a que mais me agrada. Estão sendo realizados estudos de mercado e esperamos até o segundo semestre deste ano definir isso", comentou na ocasião.


Sigilo

A área pretendida fica – pela Rodovia dos Imigrantes – a 30 minutos do ABC, e a 50 minutos da Capital. Para quem vai de Santos, saindo do Estádio Urbano Caldeira, a distância a ser percorrida até o local é de 14 km, entre 15 a 20 minutos de carro, dependendo do tráfego. A eventual ocupação exigirá aterro hidráulico com areia retirada do fundo do Rio Paranhos. Tanto essa operação quanto a ocupação dispõem de licença ambiental. O sigilo em torno dos locais exatos para construir a arena e solicitado à prefeita e Secretários busca evitar especulação imobiliária.

Aterrada com a construção das duas pistas da rodovia, a antiga Ilha de Nhapium fica próxima ao Jardim Caraguatá e a menos de 500 metros do Jardim Casqueiro, nas margens do Mar Pequeno.

Ceasa regional

A escolha desse terreno para construir um estádio alternativo para 50 mil pessoas não surpreendeu ninguém na Cidade: é a única gleba com grandes dimensões ainda disponível em Cubatão.

A surpresa vem do fato de que a antiga Ilha de Nhápium está destinada há mais de 15 anos pelos irmãos Peralta – proprietários da Brasterra Empreendimentos – para receber as instalações do Ceasa Regional. Fontes ligadas ao grupo e que dependem de confirmação oficial indicam que a família Peralta se interessou em participar deste empreendimento.

Em troca, construiria no entorno da arena (destinada basicamente à realização de jogos importantes, shows e espetáculos) grande parte dos artefatos comerciais previstos no projeto inicial: o Ceasa Regional, shopping, conjuntos comerciais e áreas para pequenas empresas.

No final do encontro, Luis Alvaro admitiu que, com a instalação do centro de treinamento e formação, Cubatão reúne mais chances de ter a arena. E deixou claro: pretende definir a localização e iniciar as obras ainda no seu mandato.

Fonte: TV Tribuna - Manuel Alves Fernandes

Entrevista com o Presidente do Santos

sexta-feira, 1 de julho de 2011


Confira a en
trevista do presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, realizada pela TV Tribuna da baixada santista:

ALEXANDRE LOPES
De Santos

O presidente do Santos Futebol Clube, Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, participou nesta quinta-feira do programa Radar Esportivo, da TV Com, de Santos. No final do programa, o presidente conversou com a equipe do TVTribuna.com e falou sobre temas diversos.


Entre uma pergunta e outra, Luís Álvaro aproveitou para falar sobre a emoção de ser o presidente do Peixe durante a conquista do tricampeonato da Taça Libertadores da América. Laor, como é conhecido pela torcida alvinegra, também respondeu perguntas sobre reeleição, sobre o novo estádio do Santos e o novo Centro de Treinamento. O mandatário também falou sobre o desejo de contar com Diego e Zé Roberto no elenco, sem esquecer de citar o assédio do Real Madrid em cima de Neymar. Confira a entrevista na íntegra.


ALEXANDRE LOPES - Quase 50 anos se passaram. Nesses 50 anos, muitos presidentes estiveram a frente do Santos. O senhor, porém, é quem conquistou o tricampeonato. Qual é o sentimento?
LUÍS ÁLVARO - É uma felicidade absolutamente incrível. A felicidade se deve ao fato de que a gente está sendo testemunha do sorriso que ilustra o coração de todos os santistas. A gente vê uma pessoa vestir de novo a camisa do Peixe, as bandeiras penduradas nos prédios de Santos, a vibração que a gente sentiu no Pacaembu. Eu sinto que valeu a pena ter vivido pra poder ter participado deste momento que talvez tenha sido a noite mais emocionante da minha vida.


AL - No final do ano teremos eleições no Santos. O senhor pretende ser candidato?
LA - Eu comentei que ninguém é candidato de si mesmo. Eu me dispus a ajudar o Santos durante dois anos da minha vida e imagino que eu cumpri aquilo que havia prometido. A continuidade, segundo o estatuto, permite apenas uma reeleição, mas eu não sou candidato a nada. Eu sou candidato a ver o Santos ser campeão e sou candidato a ser feliz, como fui ao longo desse um ano e meio que estou a frente do Santos. A decisão será tomada pelos grupos políticos que nos apoiam e se convocado, não pra ser presidente, mas pra ajudar a remendar a rede da Vila, eu topo também porque pelo Santos vale a pena.


AL - A história de que o Santos pretende construir um novo estádio é antiga. O que há de verdade na história da Arena que poderia ser erguida em Cubatão?
LA - Estamos estudando a possibilidade de uma nova arena. Existem três alternativas. Estamos no começo das negociações. Não existe nada definido. A informação que saiu é absolutamente equivocada. Estranhamente não nos ligaram para confirmar se era verdade ou não. E não é. E nós não estamos ainda em condição de anunciar onde vai ser porque não tem nada definido. Não há um estudo de viabilidade concluído. Há três estudos em curso e optaremos por aquele que melhor servir ao Santos. Portanto a notícia foi muito precipitada.


AL - E o Centro de Treinamento?
LA - Centro de Treinamento sim. Eu procurei a Prefeita de Cubatão, falei de uma ideia que nós tinhamos que casou integralmente com a ideia que ela tem para a Cidade. A Prefeitura entraria com um terreno entre 150 e 200 mil metros quadrados. O Santos buscaria recursos de incentivos fiscais e nós faríamos um novo Centro de Treinamento absolutamente modelar, com instalações modernas para nossos atletas da base. São 300 atletas de base que nós temos. Oito ou nove campos pra gente poder dar vasão a formação desses futuros jogadores. Mas também uma unidade de escola, que sirva nossos meninos, mas sirva também a comunidade. Uma unidade de saúde também de dupla atividade, que serve a comunidade e ao Santos. O projeto será esportivo, social de saúde e cultural.


AL - E os reforços para o Campeonato Brasileiro e, principalmente, para o Mundial. Diego e Zé Roberto realmente interessam?
LA - É complicado. O Diego nós temos muita vontade que venha. Os valores que ele recebe na Europa são muito altos. Depende ainda de uma série de contatos e de uma série de negociações que estão em curso. Não é garantido. É um sonho. Mas é um sonho ainda muito complicado da gente efetivar. O Zé Roberto também dependemos de ele tomar uma decisão que é essencial. Ficar na Europa ou aceitar uma proposta do Oriente Médio, porque se vier ao Brasil virá para o Santos. O Santos o quer e ele quer o Santos se voltar para o nosso País.


AL - O Real Madrid prometeu enviar um dirigente que, mesmo sem nenhum contrato com Neymar, dará conselhos para o garoto. Uma das recomendações do Real Madrid é que ele mude o cabelo. O que o senhor pensa disso?
LA - Os espanhóis podiam continuar fazendo paella e deixar o Neymar e o Santos em paz. Imagine se alguém vai dizer como é o cabelo do Neymar. Ele é jogador do Santos. Quem poderia dizer é o pai e o pai não diz. Então o cabelo dele faz a moda. E é por isso que ele vai ficar no Brasil. Por isso que ele não vai se igualar aos cabelos de recruta dos jogadores que jogam lá na Península Ibérica.